3 de janeiro de 2011

Desiste de se fazer entender antes mesmo de começar, refugiando-se no mais seguro mundo da fantasia, onde toda incongruência é bem-vinda. Ele prefere comunicar-se com aquele olhar vago e enternecedor, seguido de gestos doces e delicados, completados por um único comentário extremamente sensível - mas, quem diria, surpreendentemente na mosca. Como a natureza poética de peixes, lhe permite sublimar a vontade, bobagens do dia-a-dia não o atingem muito. Ele pode se safar da condição de vítima pintando, compondo ou pondo em versos toda esta chateação. No ramo da fantasia, peixes será sempre the best. Um peixes pode intuir que o camarada ao lado é um perfeito patife, mas nada, em seu sistema imunológico, o leva a proteger-se. Talvez porque, peixes enxergue sob a superfície de todo patife um ser tão desprotegido quanto ele e o restante da humanidade.

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